O engenheiro carioca Francisco de Monlevade foi o encarregado pela eletrificação da rede ferroviária da Cia. Paulista de Estradas de Ferro. Tarefa que ele abraçou e concluiu com pleno sucesso. Após viagens ao exterior para verificar o estado da arte no resto do mundo, ele projetou um sistema com Corrente Contínua a 3.000V, e para isto eram necessárias sub-estações para fornecimento desta energia a pontos equidistantes da linha.
A primeira sub-estação localizou-se então em Louveira, eletrificava a linha entre Jundiaí e Campinas. Até hoje permanece heroicamente de pé, testemunhando o que foi seu período de glória.
Abaixo, a sub-estação de Cordeirópolis, bem ao lado da rodovia Washington Luis:
Após visitar esta sub-estação de Cordeirópolis que hoje é um centro cultural, fiquei com muita vontade de visitar a sub-estação de Louveira, que devido seu estado de abandono ainda deve ter algum material original:
Embora ocupadas, as casas dos trabalhadres da sub-estação, ainda estão em bom estado de conservação:
Uma chave seccionadora que alimentava a linha elétrica. Hoje a forma construtiva destas chaves é totalmente diferente.
Aqui, a mesma chave seccionadora com seu comando:
Ao lado da via férrea, o que restou do quadro de comando:
Abrindo o quadro, nos deparamos com uma tecnologia elétrica dos anos 20. Os ladrões de material ferroviário não descobriram que nestes relés, existe o enrolamento de fio de cobre, senão já teria ido....
Relé elétrico de comando da via:
Aqui já sem seu encapsulamento isolante:
Fazendo de minhas as palavras do Ralph Giesbrecht, em uma recente palestra, "um povo que não preserva, não terá memória". Vejo estes equipamentos enferrujando, e penso no tempo em que eles só existirão em velhos livros empoeirados em alguma biblioteca. Isto se conseguiremos conservar as bibliotecas.....
Como ferromodelista, posso incorporar uma sub-estação na maquete, e os devidos painéis elétricos ao longo da via. Como já disse aqui, isto também é uma maneira de preservar!
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