quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Analisando as miniaturas Del Prado

Dois pontos são críticos na coleção Del Prado, "Locomotivas do Mundo":
1 - a escala das locomotivas é a N ( 1/160) e é difícil modelar detalhes com precisão.
2 - as peças são fabricadas na China, e nem sempre os produtos chineses tem grande preocupação com detalhes.

Propus-me a analisar os pontos principais nas Diesel-Elétricas distribuidas até aqui.

Locomotiva EMD GP-20 fabricada a partir de 1959
Comprimento de 17,12 m . No modelo 102 mm, o que resulta uns 5 mm menor.




Grafismos e detalhes de impressão com razoável nitidez.

Cabine de comando com bom nível de detalhes. Os corrimãos estáo fora de escala, muito grossos. Isto se deve ao processo de injeção e da escala N. Não seria possível injetar os corrimãos com o diâmetro correto, resultaria muito fraco.

Locomotiva QR 2130, fabricada a partir de 1970, especificamente para trens de carga australianos. Projeto EMD, fabricação australiana.
Comprimento original 18,36 m . No modelo 113,6 mm, dentro da escala.




Grafismos razoáveis, a cor da locomotiva não ajuda muito


Cabine do maquinista com razoável grau de detalhamento. Corrimãos com espessura desproporcional.

Locomotiva EMD FP-7 de 1949
Comprimento 16,66 m No modelo 104 mm, dentro da escala.




Grafismos nítidos e bem aplicados


Cabine de comando com razoável nível de detalhes

EMD FP-45, lançada em 1965.
Comprimento da máquina 21,7m . No modelo 135,9 mm, dentro da escala.




Qualidade da pintura e dos grafismos razoáveis. Apenas o truck prateado, que não tem nada a ver...


Cabine de comando bem detalhada. Os corrimaõs, novamente fora de escala.

Conclusões: os modelos tem um grau razoável de detalhamento, o que permite a escala N. As pinturas de modo geral tambem agradam as pessoas menos detalhistas. Servem para comparar modelos, tamanhos, já que obedecem a escala. Apenas a bitola não é obedecida, que parece estar com uma distância entre trilhos de 1,3m.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Coleção del Prado - para que serve?

Após 34 fascículos e mais de R$ 1000,00 investidos, me pergunto qual o motivo de colecionar a série "Locomotivas do Mundo".
Tentando justificar a mim mesmo, vou fazer um comparativo com as locomotivas elétricas até aqui distribuidas.
Realmente são locomotivas em sua maioria já obsoletas, e que tem sua história e contribuição para a evolução dos transportes ferroviários.
Vamos ao comparativo:


Locomotiva Suiça de 1921, Ge 6/6 Mini Crocodile (1200 PS ) 66 ton bitola 1000 mm

Locomotiva Italiana de 1934, E.428 , (2.000KW ), 131 ton, bitola 1435 mm


Locomotiva suiça de 1944, Re 4/4 II (4700 KW) peso 80 ton bitola 1435 mm


Locomotiva Francesa de 1952, CC 7100 (3490 KW), 107 ton, bitola não informada.


Locomotiva Alemã de 1970, BR 103.1 (potência não divulgada) , 114 ton, bitola 1435 mm


Locomotiva Italiana de 1977, E.402 ( 5600 KW ) , peso 89 ton, bitola 1435 mm


Locomotiva Holandesa de 1990, Classe 1700 , (4400 KW) peso 83 ton bitola 1435 mm


Locomotiva Chinesa de 1996, SS8, (3600 KW ), 88 ton, bitola 1435 mm


Locomotiva Húngara de 2001, Classe 1047, (6400 KW), 86 ton, bitola 1435 mm

Pelo menos nas elétricas, faltam alguns dados, e a variedade é pequena. Servem de exemplos, mas a história ferroviária é muito mais vasta.....
Já nas diesel-elétricas, já vem sendo apresentados os modelos que muitos ferromodelistas tem em suas maquetes, e ai sim, traz informações interessantes.
Vamos aguardar para ver aonde chegaremos...

domingo, 19 de dezembro de 2010

Subestação Engo. Monlevade

O engenheiro carioca Francisco de Monlevade foi o encarregado pela eletrificação da rede ferroviária da Cia. Paulista de Estradas de Ferro. Tarefa que ele abraçou e concluiu com pleno sucesso. Após viagens ao exterior para verificar o estado da arte no resto do mundo, ele projetou um sistema com Corrente Contínua a 3.000V, e para isto eram necessárias sub-estações para fornecimento desta energia a pontos equidistantes da linha.

A primeira sub-estação localizou-se então em Louveira, eletrificava a linha entre Jundiaí e Campinas. Até hoje permanece heroicamente de pé, testemunhando o que foi seu período de glória.
Abaixo, a sub-estação de Cordeirópolis, bem ao lado da rodovia Washington Luis:


Após visitar esta sub-estação de Cordeirópolis que hoje é um centro cultural, fiquei com muita vontade de visitar a sub-estação de Louveira, que devido seu estado de abandono ainda deve ter algum material original:


Embora ocupadas, as casas dos trabalhadres da sub-estação, ainda estão em bom estado de conservação:


Uma chave seccionadora que alimentava a linha elétrica. Hoje a forma construtiva destas chaves é totalmente diferente.

Aqui, a mesma chave seccionadora com seu comando:


Ao lado da via férrea, o que restou do quadro de comando:


Abrindo o quadro, nos deparamos com uma tecnologia elétrica dos anos 20. Os ladrões de material ferroviário não descobriram que nestes relés, existe o enrolamento de fio de cobre, senão já teria ido....


Relé elétrico de comando da via:


Aqui já sem seu encapsulamento isolante:


Fazendo de minhas as palavras do Ralph Giesbrecht, em uma recente palestra, "um povo que não preserva, não terá memória". Vejo estes equipamentos enferrujando, e penso no tempo em que eles só existirão em velhos livros empoeirados em alguma biblioteca. Isto se conseguiremos conservar as bibliotecas.....
Como ferromodelista, posso incorporar uma sub-estação na maquete, e os devidos painéis elétricos ao longo da via. Como já disse aqui, isto também é uma maneira de preservar!

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Regulagens da Câmera fotográfica

As câmeras digitais oferecem cada vez mais recursos, e isto implica em um número crescente de parâmetros que devem ser ajustados antes de cada foto. Um ponto que nem sempre é levado em conta, mas que é crucial para fotos com iluminação artificial é o "White balance" ( compensação do branco). As máquinas com mais recursos trazem esta opção, e se você não utilizar aquela regulagem automática padrão, você deve se preocupar com este parâmetro.

Abaixo, regulagem abertura f22, tempo automático e branco para luz fluorescente:


A mesma foto, sob as mesmas condições de iluminação, com branco ajustado para incandescente:

A importância da correta regulagem do balanço de branco, influi diretamente na reprodução fiel das cores. Pense nisto ao fotografar sob iluminação artificial.
E não se esqueça que ao ar-livre, existe regulagem para sol e nublado.....


Não comentei da qualidade da iluminação, principalmente em fotos de produtos, mas isto fica para uma próxima postagem.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Brincadeiras de mau gosto....

Já comentei em "post" anterior, que todo ferromodelista também é um aficcionado pela fotografia. E um bom fotógrafo deve conhecer bem o Photoshop. Lembro-me que em uma Playboy, o técnico corrigiu tanto a foto que retirou o umbigo da modêlo.

Com uma miniatura da del Prado e uma foto de época, dá para brincar...


Esta é a idéia:

OK, não sou bom nem de Photoshop, nem de fotografia.

Mas valeu a bricadeira

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Experiências em trens na Europa

Em recente viagem (a trabalho) pela Alemanha, pude conferir a eficiência de transporte por trens alemães.
Trens urbanos: limpos e pontuais




Na estação central de Dusseldorf, vários trens de alta velocidade alinhados, aguardando o horário de partida:









Trucks com amortecedores:


No interior da 1a. Classe, conforto maior que em um avião!


O " maquinista " e seu brinquedo. Reparem no JoyStick!

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Palácio das Indústrias - Por que ir ?

O Palácio das Industrias foi construido em estilo eclético, que é uma mistura de várias tendências arquitetônicas, vigente até a década de 20, oriundo da Itália. Foi projetado pelo escritório de Ramos de Azevedo ( o mesmo que projetou o Mercado Municipal ), pelo arquiteto de origem italiana, Domiziano Rossi, que participou também no projeto do Teatro Municipal.


Planejado para ser um espaço de exposições, situado no coração de São Paulo, abriga hoje em seu interior o Museu Catavento, dedicado a tecnologia e ciências. Volta assim a sua finalidade inicial. Além de uma visita a detalhes arquitetônicos únicos, tem-se a oportunidade de ver máquinas de todas as épocas.


O material que estava em exposição no Museu da Tecnologia, à beira da marginal Pinheiros, próximo à Politécnica, e que ninguém ia visitar, agora está exposto no pátio do Palácio das Industrias:


E para os fans de trens : uma locomotiva da fase elétrica, tipo BOX, que está sendo reformada:




Uma Locomotiva a vapor, de fabricação alemã, para tração de altas cargas. Foi apelidada de "Jibóia", pois tracionava trens mais compridos que o normal





Uma "vaporosa" manobreira, de fabricação inglesa


Uma das cúpulas mais vistas da cidade de São Paulo:

Fontes que criam uma atmosfera muito agradável

Obras de arte comparáveis as que vemos na França, na Itália ou na Alemanha:


A cúpula interna, que foi pintada com cores fortes

Visite a exposição externa e o museu. Entrada a R$ 6,00 e estacionamento a partir de R$ 6,00