domingo, 6 de fevereiro de 2011

Ferrovia Bananal e a sua Estação


Em minha busca por estações com arquitetura típica, a estação de Bananal se destaca. Foi pré-fabricada na Bélgica e montada na cidade, reduto de fazendeiros ricos na época em que o vale do Paraíba era a região produtora de café.


Cada módulo quadrado que se vê nas paredes, foi estampado na Bélgica e aqui parafusado a outros formando as paredes. Tudo modular e simétrico. Pena que ela esteja fechada.


Aliás, a estrada de ligação entre S. Paulo (província) e Rio (capital do império) passava exatamente por Bananal, vindo de Piraí, seguindo por Arapeí, S. José do Barreiro, Areias, Silveiras e encontrando Cachoeira Paulista. Estas hoje são conhecidas como "cidades mortas" do fundo do vale do Paraíba. Nesta cidades, encontramos relatos de passagens de Conde d'Eu, do Imperador, e outros personagens da Côrte. A via Dutra é dos anos 40 / 50.


Já a ferrovia que chegava a Bananal era um ramal partindo de Barra Mansa, para atender o escoamento das fazendas de café, visto que o principal porto de escoamento da produção ainda era o do Rio de Janeiro. A partir de 1870 este panorama começava a mudar com o plantio do café no oeste paulista e com a ferrovia Santos/Jundiaí. Em seguida a Cia Paulista de ferrovias, deu o golpe de misericórdia na produção cafeeira do vale, já que esta ia buscar o café no interior de S. Paulo e em troca, levava imigrantes italianos, espanhois e japoneses para trabalhar nas fazendas.


A região encontra-se encravada na serra da Bocaina, e o relêvo segue os padrões de serra: morros e montanhas. A linha férrea seguia tortuosamente seu caminho até Bananal. Incrível imaginar um trem de alta velocidade passando por este relêvo


Testemunho da época da ferrovia a vapor, esta belissima locomotiva tem seu merecido descanso ao lado da estação.


Mais informações, no site do Ralph.

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