sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Estação de Mogi Mirim

Pretendo colocar na maquete, uma estação que tenha mais o estilo das estações paulistas. Mas que não sejam os kits da Frateschi. Não que não sejam bons, apenas quero modificar.
De passagem por Mogi Mirim, visitei a estação antiga, onde agora funciona uma entidade municipal, relativa ao professorado:

A estação tem uma arquitetura simples, porém bem caracteristica da arquitetura do século XIX. Apenas que esta estação era da Mogiana, não da Paulista.


O prédio principal e a gare formam um conjunto bem harmonioso. Achei que ficaria muito bem na maquete.

Ao lado da gare, existe tambem o depósito de cargas, tudo integrado


A torre principal que ostenta o relógio da estação. Pena que ele não esteja funcionando mais.


Realmente um estação típica, muito bonita, e com dimensões compatíveis com uma maquete pequena.
Será nesta estação que me basearei para construir a estação principal.
Mas o trabalho de modelagem é outra história......

sábado, 8 de janeiro de 2011

Horto Guarani e o Eucalipto no Brasil

Já há algum tempo que li sobre a introdução do Eucalipto, árvore proveniente da Austrália, no Brasil, e que isto ocorreu principalmente através da Cia Paulista. O paulistano Edmundo Navarro de Andrade foi o responsável por esta introdução. Edmundo era engenheiro florestal formado pela escola agrícola de Coimbra, e foi contratado pela Cia Paulista para gerenciar o primeiro Horto da Cia Paulista, localizado em Jundiaí.


Para quem pensar que a preocupação com o meio ambiente é coisa atual, segue uma surprêsa: a Cia Paulista já em 1900 se preocupava com a degradação das matas, que eram derrubadas para extração de madeiras, que serviam para dormentes, postes e lenha de queima. Leve-se em conta que, as plantações de café, principal motor do crescimento das ferrovias paulistas, também devastavam grande áreas de florestas virgens.


A Cia Paulista sempre estimulou e auxiliou pessoas que se dispusessem a plantar eucaliptos. Edmundo de Andrade é autor de diversos livros sobre esta árvore exótica, bem como de muitos estudos sobre as espécies nativas. Chegou a determinar que após o eucalipto, o "Jacaré" e o "Angico do Serrado" seriam as espécies com maior potencial para as cias. de estradas de ferro.


Nos anos 40, a Cia Paulista já havia criado cerca de 18 Hortos florestais, ao longo de suas linhas férreas, que produziam espécies de eucaliptos já melhoradas, através de colaborações com o IPT, Inst. Agronômico de Campinas, entre outros.


O Horto Guarani, na região de Pradópolis foi o 2o. maior horto da Cia Paulista, criado em 1938.
Em um mundo onde o tempo é contado em décadas, e a vida das árvores é contada em séculos, Navarro concluiu que o eucalipto, cujo primeiro corte poderia ocorrer com apenas 5 anos, seria a melhor opção para suprir a demanda das cias de estradas de ferro.


Navarro de Andrade criou seu posto de trabalho principal no Horto de Rio Claro, onde residiu por vários anos. Hoje denominado Horto Edmundo Navarro de Andrade, nele está localizado o "Museu do Eucalipto", único no mundo.


Por isto fiz questão de instalar em minha maquete uma representação de um horto florestal. A obra e vida de Edmundo Navarro de Andrade é cativante. Recomendo a leitura da tese de mestrado de Augusto Jeronimo Martini, que relata a experiência de vida deste engenheiro florestal, sob um ponto de vista histórico.
E obviamente, enriqueçam a leitura, visitando o site do Ralph, falando da região do Horto Guarani. Em seu Blog, mais histórias deste horto

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Concluindo a "Vila Ferroviária"

Já postei aqui que, motivado pelas casas dos ferroviários de Cordeirópolis, iria modelar uma vila dos ferroviários. As casas dos trabalhadores já as havia construido em abril. Agora faltava a casa do Chefe de Estação. Este era uma figura importante no cenário das nossas ferrovias, e gozava de prestígio e autoridade, e as usava para tomar decisões no dia-a-dia das operações dos trens. Ainda falta algum paisagismo, mas por enquanto está ficando assim:


A casa do Chefe de estação e as casas dos ferroviários, próximo a estação. Assim fazia a Cia Paulista, e deste modo, chegava a fundar vilarejos, que depois se tornariam cidades.


Criando o paisagismo, que confere certo realismo à cena:

Colocando janelas e portas:


A diferença básica está no tamanho da casa. O Chefe da Estação tem uma casa maior:


Tudo se inicia com a casa e sua base de pedras:


Desta forma, a maquete procura retratar cenas e situações mais comuns na história das ferrovias paulistas.
Ferromodelismo também é cultura e história....